Apesar do risco de retração econômica em alguns setores industriais, um dos ramos que praticamente desconhece a crise é o de manutenção, e até mesmo o de serviços e facilities. Segundo dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising), as redes de franquia que lidam com reforma e reparos já movimentam mais de R$ 1 bilhão por ano.
Naturalmente, o principal cliente dessas redes é a indústria em geral, devido ao fato de o segmento ter relações estreitas com tecnologias e maquinários que demandam todo tipo de manutenção, conforme ficará claro no artigo a seguir.
Os vários tipos de manutenção
Se existe algo comum a todas as empresas, tanto as pequenas e médias quanto as grandes, é a necessidade de manutenção.
De fato, todas as empresas sabem como sua produtividade depende em grande medida de seus processos de manutenção industrial. Mas, será que todas elas conhecem as diferenças e mesmo as principais modalidades existentes na área?
O mercado costuma dividir essa área em quatro tipos de manutenções mais comumente requisitadas. São elas:
- A manutenção corretiva;
- A manutenção preventiva;
- A manutenção de condições;
- A manutenção predial preventiva.
Esses conceitos nem sempre são fáceis de compreender em seu sentido mais amplo, por isso mesmo há muitas empresas e pessoas que ainda ignoram suas diferenças essenciais.
Com isso, infelizmente, acabam deixando passar a importância dessas distinções e o quanto elas podem tornar um pátio industrial mais assertivo e um condomínio mais seguro.
O fato é que cada ambiente tem necessidades muito precisas. Por isso mesmo, cada cliente precisa implementar um tipo específico de manutenção.
Para isso, no entanto, primeiro ele precisa conscientizar-se da importância da manutenção em si e, sobretudo, da preventiva, que evita que problemas venham a ocorrer.
A importância da gestão das manutenções
Muitas indústrias podem confirmar como os custos de manutenção representam uma grande parcela dos seus custos operacionais.
Obviamente, os números variam de uma empresa para outra, bem como de um segmento para outro, sendo diferente no caso da construção civil e da agronomia, ou ainda da indústria química e da automobilística, etc.
O fato é que, em alguns casos, se ocorre a má administração e tais custos podem representar até 50% dos gastos totais da infraestrutura fabril. Sem levar em conta o tempo de inatividade planejado ou não planejado, bem como o gerenciamento de estoque e das ferramentas, fatores que podem elevar ainda mais a negatividade desses dados.
Não é preciso dizer que a lucratividade e a produtividade de uma organização dependem diretamente da eficiência da unidade fabril, isto é, da qualidade do maquinário e da administração deles.
Também assim, o resultado final depende diretamente dos processos de manutenção que forem implementados.
Portanto, os gestores da área, com as plantas dos projetos, devem adotar uma estratégia bem pensada e otimizada, a fim de garantir que todos os equipamentos funcionem da maneira mais confiável possível.
Exemplos práticos e ilustrativos
Conforme sobredito, as modalidades mais conhecidas de manutenção dizem respeito às de tipo corretivo e preventivo.
A mais requisitada sem dúvida é a corretiva: conforme assinalado pelo seu nome, ela faz a correção de problemas já ocorridos. O ideal, naturalmente, é que tais problemas sejam evitados.
Aí é que entra o papel da manutenção preventiva. Isso porque ela visa a fazer a gestão do uso e do funcionamento das máquinas e ferramentas com a finalidade de evitar que elas passem por sobrecarga e manipulação inadequada. Quando tal modalidade de manutenção é operada com rigor e assertividade, o índice de problemas pode cair pela metade.
Uma empresa de manutenção predial, por exemplo, precisa focar sua gestão na parte preventiva. Em casos de condomínio e fluxo grande de pessoas, ou mesmo de situação em que as pessoas habitam no local (ao contrário do caso de um pátio fabril), a segurança deve ser redobrada e a falta de vistoria e manutenção seria ainda mais negativa ou mesmo fatal.
A manutenção de condições, acima referida, é a mais incomum. Ela requer verificações regulares do estado, da eficiência e de outros indicadores de um sistema ligado ao maquinário.
No caso da manutenção de microscópio, por exemplo, há soluções mais propriamente tecnológicas, que incluem hardwares e softwares de vistoria constante.
A vistoria gera um controle de condições baseado em dados. Os dados podem ser coletados automaticamente no campo ou remotamente, graças a uma conexão de rede direta com o equipamento, a fim de garantir que ele seja constantemente controlado.
Nesse caso, as equipes de manutenção podem decidir se querem operar controle de intervalo constante ou regular.