No universo industrial, mas também em qualquer comércio de médio porte, a segurança dos funcionários e daqueles que circulam no local deve ser prioridade, uma vez que o bom funcionamento da empresa, seja com relação à produção ou com o escoamento da mesma, depende disso.

Como lidar com situações de risco?

Em questão às ações tomadas em situação de risco, uma rede de incêndio, a qual está de acordo com a NR-23 – lembrando que NRs são as Normas Reguladoras usadas como referência no Brasil para questões de segurança industrial –, tem uma importância notável em relação à prevenção de acidentes com fogo.

Tais acidentes, quando fora do controle, podem causar um dano terrível para o dono da empresa, e também para os funcionários que nela trabalham, os quais podem perder suas vidas em situações de risco, onde até mesmo um item simples, como um extintor CO2, faz toda a diferença.

Ademais, sem uma boa rede contra incêndios, não há uma segurança estável no ambiente de trabalho, o que caracteriza uma instabilidade constante e, consequentemente, um baixo rendimento para a empresa.

Sendo assim, segue uma lista com os principais componentes de uma boa rede:

• Sistema de hidrantes – uma equipe de brigada (corpo de bombeiros e afins) é necessária para usá-los;
• Espuma mecânica – geralmente é composta por extintores e semelhantes, em caso de fogo médio;
  sistema sprinkler – sistema de “chuveiros” e dispositivos de lançamento de água automáticos (são ativados quando a temperatura sobe, ocorrendo assim, a dilatação e o rompimento de suas ampolas);
• Sistema fixo de gases;
• Cortina d’água;
• Resfriamento de GLP.

Além disso, é necessário também haver um item muito simples: o alarme de incendio. Tal item, em sua maioria manual, é extremamente importante, pois, quando bem instalado, consegue fazer com que todo o local receba o alerta e, com isso, todas as pessoas consigam sair seguras – sempre seguindo as normas de evacuação, claro.

Contudo, é importante ressaltar o seguinte: cada local, com suas especificidades, deve colocar um sistema/rede contra incêndios enquadrada nas mesmas, pois um frigorífico, por exemplo, deve ter uma tubulação “seca”, considerando que outro tipo poderia prejudicar os produtos ali alocados.

A importância de investir em segurança

Continuando, é necessário, também, tomar ações de segurança na operação de maquinários, pois só assim o trabalho poderá ser bem realizado e, principalmente, com segurança.

Sendo assim, uma Cortina de luz – que varia da categoria 1 até a 4 (do mais baixo “nível” até o mais alto, respectivamente) – é totalmente útil para operações de máquinas perigosas.

Ainda mais, mesmo que algumas pessoas, geralmente donos de fábricas, pensem que essa cortina é apenas um sensor de luz convencional, ela é, na verdade, um componente feito de dois sistemas internos, onde um verifica o funcionamento do outro e, havendo falhas ou problemas operacionais no maquinário, essas luzes bloqueiam sua operação para que o operador consiga resolver os defeitos.

Além disso, essa barreira de luz (outro nome usado) é um dispositivo formado por luzes infravermelhas que, com o mínimo movimento, detectam a presença do operário.

Vale lembrar também que a cortina, mesmo não sendo o único item, faz parte das ações preventivas previstas na NR-12. Outro dispositivo essencial e que é obrigatório para comércios que trabalham com “frios”, é a cortina noturna.

Essa cortina, feita de PVC (Policloreto de Vinil) com micro furos, serve para ser colocada em frente às gôndolas de produtos que precisam ser mantidos em baixa temperatura, acopladas no topo das mesmas e dispostas até o final, antes de tocar no chão.

Ainda mais, esse dispositivo é muito eficaz: reduz o gasto de energia elétrica, permite uma leve troca de temperatura, não condensando o alimento e ainda o mantendo refrigerado, além de ser altamente adaptável.

Serve também, no caso de açougues, para ser colocado nas portas dos refrigeradores, impedindo a entrada de ar quente e, principalmente, de insetos indesejáveis.

Uma outra função seria a de, em processos de soldagem, impedir a passagem de raios UV e proteger as pessoas que passam por esses locais; porém, em muitos casos não é usado o nome “cortina”, mas sim biombo, e esse tipo de função é mais voltada para indústrias.

Por fim, seguindo algumas dessas dicas de segurança, ou até mesmo, e preferencialmente, todas, a empresa ou pequeno/médio negócio terá um desempenho muito melhor, principalmente com relação ao bem-estar dos funcionários – e do próprio patrão.